"Poucos dias de transplantado, sou outra pessoa, deito e posso dormir"
Minha história vem se arrastando há quatorze anos quando, em agosto de 1985, tive o primeiro enfarto agudo do miocárdio. Daí para frente vinha me tratando, mas já não era a mesma pessoa. Tinha falta de ar, dor no peito e tonturas que só um cardíaco sabe o sofrimento.A minha experiência com o transplante: é muito difícil a espera por um órgão. Nós que esperamos, não sabemos o dia, a hora. Quando? A espera me bateu o pavor e a depressão, nervosismo e tive que ter palestras com uma psicóloga. Mas com a fé em Deus e o apoio da minha família, dos meus filhos, superei as dificuldades até que chegou do dia do transplante. Recordo-me como se fosse agora os dias 20 para 21 de dezembro. Entrei na sala de cirurgia bem consciente do que eu queria e com muita vontade de viver. Após três horas do transplante já estava acordado conversando, com muita fé e esperança de uma nova vida que Deus me deu e fiquei eternamente agradecido a família do menino Mateus.
Minha esperança de obter uma melhor qualidade de vida após o transplante já é uma realidade após esses poucos dias de transplantado. Sou outra pessoa, não sinto falta de ar, deito e posso dormir, caminho sem dor no peito, minha recuperação é das mais rápidas possível e estou muito feliz por ter recebido um presente de vida através de um órgão doado por uma família maravilhosa. Este é o meu relato para quem ler se conscientizar que doar um órgão é um ato de amor e esperança de uma nova vida para quem espera por uma doação.
- Depoimento de pessoa transplantada a poucos dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário