Blog Do Professor Orientador

Campanha - Doação de Orgãos

Aumentar o número de doadores de órgãos é uma luta difícil dos profissionais de medicina. Mas um projeto em Taubaté fez o Hospital Regional comemorar resultados surpreendentes. Somente nos dois primeiros meses de 2010, o número de doações já é quase o mesmo de todo o ano passado.

doe orgãos

Doação de órgãos e tecidos é a remoção de órgãos e tecidos do corpo de uma pessoa que recentemente morreu (doador cadáver) ou de um doador voluntário (doador vivo), com o propósito de transplantá-lo ou fazer um enxerto em outras pessoas vivas. Os órgãos e tecidos são removidos com procedimentos similares a uma cirurgia, e todas as incisões (cortes) são fechadas após a conclusão da cirurgia. Estes procedimentos são realizados para que a pessoa em seu funeral não seja reconhecida como uma doadora por apresentar deformações e cortes visíveis. Pessoas de todas as idades podem ser doadores de órgãos e tecidos. A idade do doador é menos importante do que o estado do órgão a ser doado; no entanto é raro ser usados órgãos de pessoas com mais de 70 anos de idade. No mundo inteiro há uma grande falta de doadores e isso faz com que surja grandes listas de espera. Muitos pacientes que esperam um coração, um fígado ou um pulmão morrem, pois não há nenhum órgão à disposição.

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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Como é escolhido o receptor?

Cada vez que surge um doador a Central é informada e processa a seleção dos possíveis receptores para os vários órgãos. Esta seleção leva em conta o tempo de espera para o transplante, o grupo sangüíneo, o peso e altura do doador, com mudanças próprias para cada órgão. Só isto faz com que nem sempre o mais antigo (o que chegou primeiro na fila) fique em primeiro lugar na "fila" daquele doador. Além disso é preciso levar em conta alguns exames feitos no doador para ver se ele é portador de infecções, como por exemplo, hepatite por vírus B ou C. Caso um desses exames seja positivo as equipes não aceitam os órgãos para transplantar receptores negativos para a tal infecção, pois isto representa um risco de contaminar o receptor com uma doença que colocará em risco sua saúde. Nesses casos algumas equipes aceitam os órgãos para transplantá-los em receptores que tenham a mesma infecção e estes podem não ser os primeiros da "fila".

Outras vezes, o receptor que foi selecionado em primeiro lugar pode não estar, momentaneamente, em condições de receber um transplante em conseqüência de complicações clínicas ou não pode ser localizado, não quer ser transplantado naquele momento, etc...e, portanto, para aquele doador ele é preterido. Algumas vezes a equipe médica responsável pela realização do transplante não está disponível (acontece em feriados prolongados, época de Congressos das especialidades, férias) e o paciente selecionado não pode ser transplantado.

Enfim são várias as razões que fazem com que a "fila única" para o transplante seja diferente, por exemplo, da fila única do cinema. O importante é saber que, se o paciente não for transplantado com aquele doador, ele não perde o seu lugar na lista. É como se ele saísse da fila do cinema e voltasse noutro dia, seu lugar do dia anterior, estaria reservado para ele. Isto não acontece na fila do cinema...

Sem entender estas coisas não será possível para a sociedade acompanhar o progresso da "lista única" para os transplantes com órgãos provenientes de doadores cadavéricos, onde cada caso é um caso e deve ser tratado isoladamente.

Um comentário:

  1. Muito interessante seu blog pois tem muitas imagens criativas. Parabéns

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